Os Machins - parte 8 - características das variedades

  Post número 293
Publicado em 05/05/2021

Foto de capa: exemplo de páginas de álbum de uma coleção ultra especializada dos machins.

Este post traz as características e comparações das variedades dos selos machins para ajudar o colecionador em seu processo de classificação e catalogação destes selos.

Metodologia de classificação utilizada

Primeiramente, é importante deixar clara a metodologia utilizada nestes posts. Eu levei em conta somente as variedades como as de tipos e estilos de impressão, de fosforescência e modificações que surgiram ao longo do tempo.

Estes estudos não incluem nuances muito sutis a ponto de serem muito difíceis de serem classificadas, ou aquelas que são visíveis somente em selos novos ou em múltiplos. Há colecionadores que guardam um selo de cada posição nos folhetos de carnês, por exemplo, o que deixa a coleção dos machins desnecessariamente grande ao meu ver.

Estilos de cifras


As cifras dos selos mudaram com o passar do tempo. A primeira mudança foi a mais fácil de se visualizar: com a mudança do padrão monetário, a moeda divisionária britânica - o penny - passou a ser denominado por um P, substituindo o antigo D. 

Um caso icônico que ocorreu também no início da década de 1970 foi a mudança no estilo do sinal do selo de uma libra. Na segunda metade da década de 1980 apareceu outra mudança: os selos passaram a ter as cifras mais finas, essa mudança afetou alguns selos que foram produzidos nos dois padrões.
 

Posição e espessura das cifras


Com o passar do tempo, as cifras dos selos passaram por pequenos ajustes e modificações, as quais criaram variedades nas posições (mais perto ou mais longe da lateral, mais alta ou mais baixa), ou mesmo na espessura (mais fina ou mais grossa).


Tipos de efígie da rainha


Os machins passaram por sutis modificações também na efígie da rainha. A primeira delas foi na base do perfil da rainha, sendo esta mais reta ou arredondada. Outra variação está na lateral, a qual foi impressa incompleta (com a falta de um ponto) ou completa.


Há dois casos em que os selos apresentam diferenças técnicas pontuais, isso ocorreu em dois selos do porte de primeira classe, no vermelho e no branco chamado de millennium.

No 1st vermelho as variedades se diferenciam desta forma:
  • Impresso pela Enschedé - ponto do diadema da coroa a 1mm da lateral
  • Impresso pela Walsall - ponto do diadema da coroa a 0,6mm da lateral
  • Impresso pela Questa - imagem 0,5mm menor

No caso do 1st branco estas são as variedades:
  • Impresso pela De La Rue: cruz central da coroa com ponto, pescoço sem linhas.
  • Impresso pela Questa: cruz central da coroa com ponto, pescoço com duas linhas.
  • Impresso pela Walsall: cruz central da coroa sem ponto, pescoço com uma linha.

Métodos de impressão


Os selos da série foram impressos principalmente em litografia e fotogravura. Na imagem acima conseguimos notar a diferença entre os dois métodos de impressão: o primeiro selo (litografia) tem a imagem mais definida, enquanto que no segundo (fotogravura) se notam os pontos da impressão com maior facilidade.

Valores e bordas "em tela"


Nos selos fotogravados surgiram algumas variedades em que o valor facial ou uma parte da borda parece ter uma tela, resultante de algumas tiragens em que foi utilizado este método de impressão.

Emissões Regionais 

Os símbolos das emissões regionais também passaram por modificações ao longo do tempo.


Nas emissões da Irlanda do Norte o brasão apresenta as características: 
  • mão sem linha, no formato mais arredondado
  • mão com linha, no formato mais arredondado, com pérolas centrais distintas
  • mão com linha, no formato mais reto, com pérolas centrais ligadas


Nas emissões da Escócia o brasão apresenta as características: 
  • com olho branco e traços mais curvos
  • com olho escuro e traços mais retos


Nas emissões de Gales o brasão apresenta as características: 
  • com rabo e língua mais finos
  • com rabo e língua mais grossos

Castelos

Os altos valores que traziam os castelos como tema também tiveram variedades causadas por modificações ao longo do tempo. A primeira emissão é de longe a mais fácil de reconhecer, pois ela traz a imagem da rainha no modelo machin em miniatura, as emissões posteriores trazem somente a silhueta da rainha em dourado.


  • Estas emissões posteriores se caracterizam desta forma:
  • silhueta da rainha formada por células maiores
  • silhueta da rainha formada por células menores, letras com serifas mais fortes
  • silhueta da rainha formada por células menores, letras com serifas mais suaves

Imagem regravada


Em 1997 a imagem da rainha foi regravada, passando a ter um grau maior de detalhes causado pelo método de impressão mais moderno.

Fosforescência


Os selos da série se diferenciam também pela posição das barras fosforescentes, sendo elas - com duas barras, com barra central, ou com barras esquerda ou direita. Há também aqueles com toda a superfície fosforescente ou sem fosforescência.

Denteação


Os selos foram impressos principalmente na denteação 15 x 14, mas há também as variações em denteação 13½ x 14 e apenas um selo em 12¾ x 13.


Além da quantidade de furos, o colecionador deve ficar atento também aos selos sem denteação parcial de carnês e os com cortes em zig-zag que imitam exatamente o picote dos selos autoadesivos.

Marcas de segurança


Os selos com marcas de segurança das emissões da última década se diferenciam com marcações específicas do ano de impressão e também do formato em que foram vendidos (folhas, carnês ou bobinas).

Espero que este post seja uma ferramenta para ajudar a orientar o colecionador que deseja se especializar nos machins.

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