As espécies extintas nos selos
Post número 235
Publicado em 09/09/2020
Foto de capa: bloco dos Estados Unidos de 1996 reconstruindo como teriam sido as paisagens nos períodos jurássico e cretáceo.
Saber a origem do mundo, dos seres vivos e sua própria sempre foi algo que inquietou o homem. Para isso, criamos diversas correntes de pensamento, desde as místicas, religiosas, quanto as biológicas, com destaque para "A Origem das Espécies" de Charles Darwin, uma das teorias mais importantes e revolucionárias da história.
A Criação de Adão na obra de Michelangelo, A Criação do Firmamento e das Águas e Darwin e as tartarugas de Galápagos que inspiraram o seu pensamento
Através das descobertas em áreas como a paleontologia e genética, sabemos que a vida surgiu em torno de 3 bilhões de anos atrás em nosso planeta, evoluindo continuamente seguindo a seleção natural. Com o passar de muito tempo, essas criaturas simples foram dando origem a outras mais complexas, fazendo com que a vida "explodisse" em várias direções criando seres mais complexos.
Fóssil vegetal, fóssil da antiga fauna ediacarana e de molusco amonite
Não foram apenas as formas de vida que passaram por mudanças, como a própria Terra, o nosso planeta passou por períodos que favoreceram e outros que extinguiram várias espécies. Tivemos períodos de grande diversificação dos seres vivos e outros momentos de mudanças drásticas que chegaram a colocar a vida como um todo em risco.
A Terra antes da deriva continental, os meteoros que ajudaram a forma-la e como ela é hoje
Após o sucesso que tiveram, os invertebrados deram origem também aos vertebrados. Devido à sua diversificação, os peixes foram capazes de desenvolver órgãos que possibilitassem a colonização da terra seca, dando origem aos anfíbios, que pouco a pouco iriam se tornar independentes das águas, dando lugar aos répteis.
O trilobita, um dos animais pré-históricos mais famosos, juntamente com peixes e anfíbios, animais mais complexos que surgiram posteriormente
Com a supremacia dos répteis surgiram os animais pré-históricos mais famosos: os dinossauros. Eles viveram entre 233 e 66 milhões de anos atrás e foram descobertos e estudados a partir da metade do século XIX. Inicialmente a imagem que tínhamos deles era de grandes seres lentos e terríveis, os quais poderiam ter saído de um filme de terror.
Diferentes visões que já tivemos dos dinossauros - de seres com aparência mórbida e que rastejavam em pântanos para seres ativos e possivelmente de sangue quente, apesar de serem répteis.
Com o passar do tempo, passamos a compreender melhor as suas características e a reconstituir melhor a sua aparência e estilos de vida. Mais do que isso, conseguimos traçar as linhas evolutivas que deram origem aos seres atuais.
Já durante a era dos dinossauros existia um número bem representativo de aves e mamíferos. Os mamíferos já haviam surgido entre os períodos triássico e jurássico, tendo descendido de um grupo réptil chamado de sinapsídeos.
O archaeopteryx é considerado uma transição entre os répteis e aves, mais tarde surgiram outros seres como as aves do terror e o grande moa
Por outro lado, as aves começaram a surgir entre os períodos jurássico e cretáceo, descendendo do grupo dos terópodes, atualmente todas as aves são parentes distantes do famoso tiranossauro rex. Nesse período surgiram outras novidades como as plantas com flores e as primeiras abelhas.
Após a extinção dos dinossauros foi a vez dos mamíferos desenvolverem grandes animais que dominariam a cadeia alimentar
Com o evento da queda do meteoro que causou a extinção dos dinossauros, somente os pequenos animais terrestres conseguiram sobreviver à catástrofe, dando espaço para que estes novos grupos animais pudessem se desenvolver e diversificar sem a competição daqueles grandes animais.
Foi nesse período que surgiram os ancestrais diretos dos animais que conhecemos hoje, incluindo nós mesmos, os primatas, mais especificamente da família dos hominídeos.
Os nossos antepassados, as ferramentas e arte que deixaram como vestígios
Somos a espécie dominante no planeta, mas não colonizamos os ambientes de forma consciente e sustentável, colocando várias espécies em perigo. Infelizmente muitas espécies se foram para sempre e muitas outras ainda correm sérios riscos. Os dois maiores exemplos são o dodo da ilha Maurício e o lobo da Tasmânia, ambos extintos inteiramente pela predação humana.
Dois dos animais mais famosos extintos pelo homem: o dodo da ilha Maurício e o lobo da Tasmânia, assim como outros, são animais que só podem ser vistos em museus de história natural
Apesar de o cenário global ser triste e desanimador, há muitos esforços de conservação que felizmente vêm colhendo bons resultados, de forma a amenizar a situação e criar um senso de desenvolvimento sustentável.
Esforços de conservação, resultado promissor que ajudou a salvar da extinção o falcão peregrino e o "extinto" celacanto
Além das espécies que já conhecemos e sabemos da necessidade da conservação, há ainda muitas que nem foram estudadas e que consequentemente não sabemos em que status de conservação estão; Talvez o caso mais emblemático seja o do peixe celacanto, uma espécie que se pensava estar extinta há milhões de anos e que felizmente ainda nada por aí nos mares.
Como podemos ver, esses seres que já não fazem mais fazem parte dos ecossistemas da Terra só podem ser estudados pelos vestígios que deixaram e também relembrados pelas produções científicas e culturais como é o caso dos selos.
Olá, tem como fazer um arquivo em PDF?
ResponderExcluirOlá, tudo bem?
ExcluirPosso sim, você pode me enviar uma mensagem no e-mail g.freitas.r.ribeiro@gmail.com?
Eu vou transformar em PDF e te envio por lá :)