Os selos que nasceram de etiquetas de registro

Post número 193
Publicado em 23/03/2020


Como sabemos, a Alemanha perdeu o controle sobre as suas colônias ao ser derrotada na Primeira Guerra Mundial. Uma delas era a Nova Guiné, a qual foi tomada pelas tropas australianas em 1914.

Foi nesse contexto que surgiram os selos da Nova Bretanha, ilha pertencente ao território alemão que emitiu selos de forma provisória somente em 1914 e 1915 durante a ocupação.


Além dos selos da própria Nova Guiné Alemã, foram usados também os selos das Ilhas Marshall, outra colônia alemã, para servirem de base para as novas emissões provisórias. 

Os selos recebereram a inscrição "G. R. I.", que significa Georgius Rex Imperator, em referência ao soberano britânico da época.

Foram 32 selos diferentes (divididos em 2 tipos diferentes) produzidos sobre os selos da Nova Guiné e mais 16 selos produzidos sobre os das Ilhas Marshall.


O mais incrível é que, por falta de selos remanescentes destas colônias, foram usadas ainda etiquetas de correspondência registrada para produzir os selos necessários para uso em correspondência.

Há algumas variações de acordo com o nome da localidade impressa previamente na etiqueta, são elas:
- Rabaul
- Friedrich Wilhelmshaven
- Herbertshohe
- Kawieng
- Kieta
- Manus
- Deulon
- Stephansort



Acima vemos a imagem das etiquetas sem a aplicação da sobrestampa.

Após o curto período de uso dos selos da Nova Bretanha, eles foram substituídos pelas emissões das Ilhas do Nordeste do Pacífico, as quais foram usadas principalmente neste arquipélago, mas também em Nauru.



 O seu uso continuou até 1923 e após 1925 foram usados os selos do Território da Nova Guiné. Atualmente esta região pertence à Papua Nova Guiné.


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